As Cinco Fases do Fim de Um Relacionamento. Em Qual Você Está?

Introdução

O amor é um sentimento nativo do ser humano. Ele se apresenta nas nossas vidas em diversas fases e das mais diversas formas.

Ele é o responsável pela nossa existência, nossa criação, nosso desenvolvimento e é, de fato, o maior anseio das nossas vidas.

Temos, em algum momento, que lidarmos com o fim de um relacionamento, o fim do amor que uniu um casal.

Hoje falaremos, portanto, das cinco fases do fim de um relacionamento. Essas fases são similares às fases enfrentadas no processo de superação do luto.

Existe a tendência das pessoas de taxarem o sofrimento alheio, acreditarem que basta dizer “já superei” e pronto — o sol volta a brilhar e a vida volta aos eixos.

Mas, se você está enfrentando o processo do fim de um relacionamento, sabe que isso é tudo, menos simples, e é extremamente doloroso.

O Fim de Um Relacionamento e os impactos nos nossos sentimentos.

O sofrimento pelo fim de um relacionamento está muito mais ligado aos nossos próprios sentimentos e entendimentos do que propriamente ao ato.

Ele representa um fracasso no setor mais importante da nossa vida — a vida sentimental, amorosa.

Não importa como termina, ou como se é abandonado, no final, sempre nos sentiremos os causadores, os incompetentes, os responsáveis e os culpados por esse término.

Embora, de certa forma, tenhamos sempre uma parcela de culpa pelo fim de um relacionamento, isso nunca será de total responsabilidade de um dos lados.

Para que o amor termine e a relação chegue ao fim são necessários vários fatores.

Muitos e muitos erros ao longo do caminho, cometidos, ora por um, ora por outro.

Esses erros vão construindo um muro que, de fato, separa o casal e culmina no fim, inevitavelmente.

Mas, não vamos falar dos motivos que levam ao fim de um relacionamento, mas sobre as fases do sofrimento.

As Cinco Fases do Fim de Um Relacionamento

O sofrimento pelo fim de um relacionamento enfrenta cinco fases tão intensas como as que enfrentamos no luto.

Conhecer essas fases pode nos localizar dentro desse universo de sofrimento constante e nos fazer, por fim, entender se estamos próximos à superação ou não.

Ninguém quer sofrer a dor de um rompimento.

Quando se está atravessando esse momento de sentimentos ruins precisamos entender, de fato, se o que estamos sentindo é normal ou se precisamos de ajuda.

Por isso esse artigo foi escrito, para orientar você sobre esses estágios.

Para trazer-lhe, então, orientação sobre o que fazer para superar o fim do relacionamento de forma mais consciente, amena e rápida.

Veja em que fase você está do processo.

Negação

O amor nos une física, mental e emocionalmente a outra pessoa.

Estar num relacionamento muda a nossa concepção de alegria, felicidade e satisfação.

O amor está ligado à reciprocidade, à doação.

Quando amamos unimos todos os nossos ideais de vida, objetivos e sonhos.

Nós criamos projetos para toda a nossa vida.

Certamente, o nosso futuro, seja com a união do casal, seja a compra de uma casa, os filhos, as viagens, não importa o quê, já estava planejado.

Agora, como imaginar todo o futuro sem a pessoa que era o principal componente dessas projeções?

Não é a toa que o seu mundo vira de cabeça para baixo.

O impacto é tão profundo que o nosso primeiro instinto é negar, negar que tudo isso possa ter acabado assim, sem explicações.

Negação é a nossa primeira reação a quebra desse vínculo emocional. É algo perfeitamente normal, afinal estamos lidando com todo um projeto de vida destruído, provavelmente, para sempre.

Você está nessa fase?

Para saber se você está nessa fase basta uma autoanálise:

• Você acredita que o seu ex está passando por alguma crise, mas que logo recobrará o juízo e tudo voltará ao normal?
• Sente que a sua vida se tornou um pesadelo do qual você não consegue acordar?
• Que os sentimentos da outra pessoa não podem ter simplesmente desaparecido?

Nesse estágio é comum, também, o consumo excessivo de álcool, trabalho, drogas e sexo casual.

Todas as ações comuns são tentativas de minimizar as dores da perda.

Leia esse artigo se precisa de ajuda para esquecer um grande amor:

Você se reconheceu nessa fase?

Essa é uma fase normal que passamos no fim de um relacionamento.

Não existe um prazo determinado para terminar, afinal cada um tem o seu próprio tempo para aprender a lidar com a dor.

No entanto, existe a preocupação em relação ao excesso de drogas, álcool e sexo.

A frustrante tentativa de nos negar a realidade pode nos deixar fragilizados e nos arrastar para um mundo de vícios perigosos, dos quais teremos problemas para sair, no futuro.

Para pessoas que utilizavam tais drogas anteriormente a tendência é encontrar maior dificuldade em conter os vícios.

O que também ocorre é o sentimento de posse e de que tudo deverá voltar ao normal. Esse sentimento pode perdurar por muito tempo.

Nesses casos a pessoa abandonada pode se tornar um stalker.

Stalkear é ficar perseguindo a outra pessoa como se sentisse dona dela, atrapalhando a sua vida ou querendo trazê-la de volta praticamente amarrada.

Se você se reconhece nessa fase e entende que está demorando demais para passar, está perdendo o controle sobre as drogas lícitas ou ilícitas, ou o bom-senso em relação à outra pessoa, é hora de procurar ajuda profissional. Não ignore isso.

Um bom psicólogo ou psicoterapeuta ajudará a passar pelo processo de superação.

Recuperação/Reconquista

Na segunda fase buscamos, então, fugir da realidade.

Em seguida, nos damos conta que quem amamos não está mais ao nosso lado e chegamos a conclusão que é hora de tomar uma atitude e resolver toda essa bagunça.

É nesse momento que entendemos, erroneamente, ser possível reconquistar a pessoa amada e reviver toda a paixão do passado.

Não buscamos mais nos negar ou lastimar, mas, sim, mudarmos realidade do acontecido.

Também podemos julgar que estamos recuperados, que podemos mudar aquele “algo” que causou a separação.

Você está nessa fase?

Nessa fase, muitas vezes, colocamos os pés entre as mãos, literalmente, e cometemos erros, dos quais iremos nos arrepender depois.

• Aqui, geralmente, começamos as tentativas de convencer a outra pessoa de que voltarem é a melhor escolha para ambos.
• Ou começamos com cenas de ciúmes, frequentando lugares ou se relacionando com outras pessoas, na busca incansável de chamar a atenção do ex-parceiro.
• Mudanças de visual são comuns – cortes, tinturas, químicas em geral, vestimentas, – principalmente nas mulheres, como se quisesse dizer ao ex-parceiro — veja o que você está perdendo.
• Os guias de como reconquistar um ex-amor fazem sucesso nessa etapa do processo do fim de relacionamento.

Todo mundo busca, de fato, uma simpatia, um feitiço, ou técnicas de conquistas para ajudar no seu incansável trabalho de reconquistar seu ex-amor.

Surge mensagens ou conversas onde a ideia principal é convencer o outro de que se voltarem tudo será diferente, tudo mudará.

Mesmo que não tenhamos ideia do que poderíamos mudar, pois, nesse ponto, já assumimos praticamente toda a culpa pelo fracasso do relacionamento e acreditamos que a promessa da mudança poderá por fim àquele rompimento.

Refletimos os nossos sentimentos na outra pessoa: assim nos vemos dizendo: eu sei que você ainda me ama.

É uma perseguição alucinada em busca de recuperar o amor perdido, com quadros que podem envolver aquela “umazinha” para se reconciliar.

Mendigando afeto

Alguns casos chegam a imploração, a humilhação, quase um pedido de esmola sentimental.

Essa fase perdura até que outro sentimento nos consumirá e nos levará para a terceira fase da superação.

Algumas pessoas podem ficar presas nesse estágio por períodos longos de tempo, consumidos pelo desejo da volta.

Qualquer aproximação do ex é interpretado como um sinal de que ainda existe sentimento da parte dele.

É a criação da falsa esperança, ficamos cegos para os claros sinais de que realmente não há mais possibilidade, mas, nutrindo aquela esperança infundada.

Nem mesmo quando a outra pessoa segue sua vida e constrói uma nova relação, essa falsa esperança termina.

Começamos, então, com desculpas como “só está com essa pessoa para se divertir”, “só está interessado no corpo. Isso não dura”.

As crenças erradas nos conduzem para um abismo onde nos trancamos.

Se você se reconhece nessa fase ou acredita que já está nela há muito tempo, é, certamente, hora de buscar ajuda profissional e superá-la.

Raiva

Chega um determinado momento em que nos damos conta que todo o nosso empenho não trará a pessoa de volta, então, somos tomados pela raiva.

Buscamos ansiosamente por uma definição da situação, mas essa definição, que desejamos, é reatarmos.

Como isso não acontece começamos as indagações intermináveis buscando uma justificativa, porque ainda não conseguimos compreender que o relacionamento chegou ao fim.

Essa fase se inicia após a frustração das suas tentativas de reconciliação e cenas de ciúmes, afinal elas não surtiram efeito algum.

Começamos a entender que o fim foi definitivo e não há, de fato, mais nada a ser feito.

E aquela errônea cura, que tínhamos experimentado no segundo estágio da superação, acaba. Então, perdemos a confiança completamente.

Passamos a ser mais severos sobre a nossa culpa pelo fim, culpamo-nos, então, por não termos enxergado a situação a tempo e culpamo-nos por ainda nos sentirmos mal.

Mas a raiva é apenas um indício de que estamos avançando na superação, aqui entendemos e aceitamos o fim.

Você está nessa fase?

Aqui começa o espetáculo da nossa imaginação em relação ao ex-parceiro.

Imaginamos situações onde podemos dizer todas as verdades que desejávamos dizer.

Pode se agravar um pouco a questão de fazer cenas de ciúme, buscando ferir a outra pessoa, geralmente se relacionando com alguém do convívio de ambos.

Também começamos a desmerecer e menosprezar a outra pessoa, invertendo o papel, e, agora, crente de que ela é quem não nos merece.

“Porque você se dedicou de verdade, porque você amou de verdade e fez de tudo para que a relação prosperasse, ela não.”

Pode acontecer embates reais por telefone ou pessoalmente acusando a outra parte de ter sido o vilão da história de vocês.

A caça às bruxas.

Se você encontrou o culpado pelo fim do seu relacionamento é provável que esteja nessa fase.

A utilidade dessa fase é que, aqui, começamos a quebrar os vínculos, passamos a desvalorizar a outra pessoa, a enxergar os erros dela.

Só é preciso tomar cuidado para isso não se estender para outras partes da nossa vida, sempre buscando se vingar de quem nos feriu.

Quando essa vingança é entre os dois, é aceitável, no entanto, ela pode se estender por muito tempo, e estaremos sempre procurando armas contra a outra pessoa.

Nessa fase, casais com filhos, podem começar a alienação parental, quando o pai ou a mãe toma atitudes para colocar a criança ou adolescente contra o outro genitor.

Crimes passionais também ocorrem nessa fase, pois todo o enorme amor que se tinha se tona uma verdadeira montanha de ódio.

Se sente que atingiu essa fase e está tendo problemas para superá-la, nutrindo profundo ódio pela pessoa que a abandonou, e pensa, então, fazer coisas que sabe que não deveria, procure atendimento psicológico especializado.

Muitas situações criadas na nossa mente só podem ser vencidas com os instrumentos certos, por isso, ao primeiro sinal de alerta, procure um profissional para não se afundar na sua angústia e ódio.

Tristeza

Odiamos o que tínhamos que odiar, a raiva é uma emoção que nos consome demasiado.

Mas não dá para viver toda a vida com raiva, ela não se sustenta, chega o momento de dar adeus a raiva e entrar em depressão.

A tristeza profunda é um avanço por mais que, se você está nessa fase, talvez, pense isso, pareça um retrocesso.

Quando chegamos a essa fase é porque já aceitamos a perda, já não temos mais forças para a raiva e perdemos completamente a esperança.

É uma fase positiva pelo aspecto de que estamos progredindo.

Nela sentimos apenas uma tristeza profunda.

Você está nessa fase?

Movido por essa tristeza é muito comum os questionamentos em relação ao nosso futuro.

• Será que conseguiremos amar novamente?
• Será que deveríamos ir à procura de alguém melhor?

Mas, em simultâneo, sentimos que o problema é que ninguém pode amar uma pessoa como nós.

Sentimos como se tudo o que fizemos no relacionamento, na sua vida fosse errado e que, por isso, ninguém pode realmente nos amar.

Se houve traição, nessa fase, certamente, podemos estar nutrindo uma desesperança pelo sexo oposto.

Exemplo: “nenhum homem nesse mundo vale a pena” ou “nenhuma mulher é digna de ser amada”.

Mergulhamos num mundo de desesperança completa como se a própria vida não fizesse sentido.

Essa fase tende a ser breve.

Algumas pessoas podem nutrir a desesperança, acreditam, de fato, que nunca mais poderão ser felizes, presas às lembranças, arrependida, sem ânimo de lutar para se reerguer.

Nesses casos é preciso, de fato, buscar a ajuda profissional.

Aceitação

Não há dor que perdure, nem felicidade que não se acaba, isso é uma certeza que temos na vida.

A vida é feita de altos e baixos.

“Viveram felizes para sempre” é só uma forma de terminar os contos de fadas, pois, aqui, na real, isso não existe.

Na última fase voltamos a enxergar com os nossos próprios olhos e entendemos que não podemos fazer nada para mudar a decisão do outro.

Nessa fase estamos certos que tudo acabou porque tinha que acabar, porque não havia amor suficiente e que foi melhor assim.

Sentimentos bons ou maus em relação à pessoa que nos abandonou deixam de existir, e passa a existir a indiferença, ela já não é mais a sua preocupação, que siga o seu caminho.

Você aceita o abandono, entende que tem um futuro a sua frente e que, certamente, lhe reserva algo muito melhor.

Volta a se relacionar com amigos e familiares.

Você está nessa fase?

Sabemos que estamos nessa fase quando conseguimos lidar com a situação do abandono sem mergulharmos na tristeza ou no ressentimento.

Nessa fase começamos a reorganizar a nossa vida e planejar o futuro novamente.

Quanto Tempo Demora Para Superar o Fim de Um Relacionamento?

Todas as questões que envolvem sentimentos e emoções não se pode apontar com precisão o tempo necessário para a superação.

Lauren Peacock autora do Female. Likes Cheese. Comes with Dog.: Stories About Divorce, Dating, and Saying “I Do” , escritora especialista em relacionamentos, diz que podemos usar a regra dos 6 meses.

A regra é simples, segundo a autora, a cura total seria 6 meses, multiplicado pelos anos que estiveram juntos.

Para um relacionamento de 1 ano, demoraria 6 meses para superar.

Um relacionamento de 3 anos levaria 1 ano e meio para superar o fim.

Ela acrescenta que para relacionamentos muito longos essa não seria a métrica.

Cada situação difere e depende muito mais da forma como processamos o sofrimento do que propriamente com o rompimento.

Superar completamente o fim de relacionamento, sem buscar ajuda, sem nenhuma orientação, por si só, baseado em tudo o que temos acompanhado, pode durar 3 meses até 2 anos.

Mesmo esses números é pura especulação, porque a superação depende muito da sua capacidade de lidar com a dor.

Você, na verdade, não deve ficar olhando para o relógio contando o tempo para que tudo acabe de vez.

Mas, se estiver incomodado ou preocupado com as suas reações a alguns dos estágios, procure ajuda profissional.

O que eu posso fazer para acelerar o processo de superação do fim do relacionamento?

Como afirmamos esse processo tem tempos diferentes para cada um.

Mas, sim, existem formas, receitas que não serão o remédio para a dor, mas colaborarão para diminuir o sofrimento e acelerar a cura emocional.

Hoje, no mercado, existem dezenas de livros para ajudar a superar o fim do relacionamento.

Destacamos aqui o Método ADA – A Arte de DesAmar.

Ele guiará os seus passos para superar esse rompimento.

Traz um longo estudo sobre os problemas que geram ou geraram o desgaste da relação.

Além de abordar os principais tópicos da qualidade de um relacionamento, para você aprender a evitar futuros problemas.

É o guia para esquecer ou viver um grande amor.

Ele alterará a sua rota e poderá fazer você chegar bem mais cedo ao seu destino, a superação completa do fim do relacionamento

Leia também aqui no Laguia Brasil

Como Esquecer Um Grande Amor

Nunca Mais Chore Por Ninguém.

Importante:
Se você acredita que o sofrimento enfrentado está além do normal, talvez seja a hora de procurar um serviço profissional especializado – um psicólogo ou psicoterapeuta.
O nosso artigo tem apenas a intenção de informar.

Bibliografia

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